Autora revoltada

Tenho visto pessoas em redes sociais reclamando ou aclamando dias da semana. 

Observe:

_Segunda: o pior dia, pois é início de semana

_Terça: um dia não tão ruim quanto segunda, mas, ainda assim, ruim

_Quarta: "faltam 2 dias para sexta-feira"

_Quinta: “Amanhã é sexta-feira”

_Sexta-feira: “HOJE É SEXTA”

_Sábado: Bom, bom...

_Domingo: “Amanhã é segunda”

Vamos confabular! Começarei por um dia um tanto quanto “neutro”, mas retornaremos a ele. Afinal, isto é um ciclo.

A quarta-feira é o meio da semana, um dia em que se está, teoricamente, curado da depressão pós final de semana e tranquilo quanto às esperanças do próximo.  Queira você, eu, nós, ou não: É O DIA! Seu sentimentalismo está equilibrado, sua raiva está em dia... 

Enfim, quinta-feira. Gostaria de saber para o que comemorar que no outro dia será sexta? Você ainda tem que passar por mais dois dias de serviço, estudos, não há nada que te garanta boas mudanças, PIOR, a sua expectativa é a de que NÃO HAJA mudanças. Analisemos, pois.

Sexta-feira?  Seu dia será o mesmo de segunda, terça, quarta e quinta, PORÉM, à noite, quem sabe, sairá. Ou não, simplesmente dormirá para acordar no sábado, entrar em alguma rede social avisando para o mundo que seu relógio biológico te levantou no mesmo horário que o restante da semana! Olha o que estava comemorando!!! Não tem dinheiro? Bom, nada melhor que a programação da TV a cabo... Ahhh, não tem TV a cabo? Bom, os canais abertos são ótimos! Não gosta de Eliana, Leão, Luciano Hulk, Angélica e derivados? Ahh... que pena! Volte para a rede social para reclamar que é sábado e não tem nada na TV! Bora assistir Zorra Total, Dança Gatinho e reclamar que não fez nada no sábado e no dia seguinte será domingo.

POR QUE RECLAMAR DO DOMINGO? Pare de reclamar dizendo ser chato e no outro será segunda e VAI FAZER ALGUMA COISA! Que s***!

Segunda-feira! Ahhh bela rotina! É dia de reclamar porque é segunda-feira! Cara, tu não fez NADA o final de semana inteiro, além de reclamar, e vai reclamar que sua semana “agitada” começou? TOMA VERGONHA NA FACE! (ou seria NO?)

Terça a mesma lereia e voltamos a boa e velha quarta-feira!

O resumo da sua semana foi: RECLAMOU TODOS OS DIAS!

“Ah, Ingrid, mas você está reclamando de quem está reclamando”. LÓGICO! Você não para de reclamar durante um dia da semana e eu reclamo de tanta reclamação em um momento!

Hoje é quarta-feira e amanhã é dia de comemorar que depois de amanhã (Minha nossa! Olha como funciona sua cabeça) é sexta. Levanta a bunda dessa cadeira (ou não) e vai programar seu final de semana (relaxar, dormir, ficar em casa no face, ir ao cinema, parque, boate... enfim), mas não reclame se não sair dessa e continuar no marasmo!

Se você quer mudar a sua semana: mude você, primeiro! Mude suas atitudes! Mas não venha encher, porque VOCÊ não faz nada para que ela mude! Poupe-nos dos slides e imagens de comemorações vãs e reclamações infundadas!

Com amor,

A autora que vos grita

A arte de ser criança (por mim)

Essa pobre pessoa que vos escreve não sabe separar as fases da vida! Como me definiram hoje, sou uma "eterna child". Uns ficariam ofendidos, mas é um elogio e tanto!

Arte e criança são duas palavras que deveriam 'morar juntas', criar raízes e se amar por toda a eternidade! Até por quê, criança sabe como "pintar o sete"!

Alguns pimpolhos têm o dom de escalar coisas, brincar com o que não deve, brigar, falar... Eu tinha o dom de falar o que pensava, na hora que pensava e JAMAIS repensava não mudei muito. 

Ontem recordei- me de uns episódios... 

A implicância é uma característica que sempre me seguiu. Ainda não entendo porque a senhora, minha vizinha, tinha tantos todos vestidos de mesmo corte e estampados de flores. Um dia tive que perguntar, afinal, perguntar não ofende, não é mesmo? Nada como ter 4 anos de idade, estar acompanhada pela mãe e questionar: "Você pronome de tratamento passou longe não tem outro vestido? Toda vez que te vejo está com esse vestido de flor!". Bom, não lembro como minha mãe saiu dessa, mas a mulher, provavelmente, me deu um sorriso amarelo e um tiro com os olhos na minha mãe.

Por falar em mãe, ela só me coloca em enrascada! Como ela ousa me mandar atender o telefone, no auge dos meus 5 anos, e falar que ela não está?? Era mais ou menos assim... "Ingrid, atende o telefone e diz que não estou!", eu atendia e dizia "Oi! Minha mãe mandou dizer que não está!" kkkkkkk' Ou quando ela falava para eu atender a porta e dizer que estava sozinha com a empregada! SÉRIO! Ela escondia no banheiro! E eu, como boa filha, sempre saia da sala para o banheiro para contar o que os outros estavam falando! Ninguém percebia! Nasci com o dom de ser discreta!

Algumas coisas não precisam ser casos para contar, mas falas que resumem o projeto de frescura que eu era. Por exemplo, pizza tinha que ser chamada, porque eu gostava de ver 'o moço entregar'. Dinheiro era fácil, só 'tirar da maquininha'. Biscoito era uma tristeza, só  comia se não estivesse quebrado. Por que? Aff... pergunta idiota! Porque ele estava quebrado, oras! Dar beijo na vovó era muito bom, porque ela tinha um monte de 'muchiba'. Minha mãe não é preta, é marrom. Eu não nasci em Minas, nasci no Rio de Janeiro. Para que responder perguntas como "Como você chama? Quantos anos você tem? Como chama sua mãe?", se eles já sabiam as respostas? Adultos! Sim, eu não respondia e falava que eles já sabiam as respostas. Tolerante desde sempre!

Enfim, sinto mesmo é tristeza em pensar que algumas pessoas crescem e levam a vida a sério demais. Por que não podem pular quando estão felizes? Ou fazer bico? Ou chamar de boba (o)? Ou ir a um parque de diversões para se DIVERTIR!!!!???? Não assistir a um filme por medo? Ou gostar de Minie? Ou assistir desenho animado o dia todo? Ou Chaves? Ou Chapolin? Ou brigar por causa de um pedaço de chocolate? Ou achar graça do nada? OU, SIMPLESMENTE, VER A VIDA DE UMA MANEIRA COMO SÓ AS CRIANÇAS VEEM!!!

Preocupe-se com o que vale a pena! Dê risadas dos seus erros. Aprenda a perceber os episódios da vida cotidiana. Nenhum dia, por mais que você queira ou tente, é igual ao outro. Conte aos outros suas 'mancadas'. Mesmo que esteja triste, faça alguém sorrir. Pregue peças nos seus amigos, familiares... Você não perderá por ser, sempre, uma eterna criança! 

O prazer é todo SEU!

Estive observando quase que obcecando algumas pessoas durante um período. Ouvi histórias e conto algumas "aqui, agora". 

Sem localizar ou citar nomes. Com detalhes minunciosamente perguntados pela curiosidade. Pura sinestesia! 

Sentindo cheiro de desodorante masculino barato (Axe ou Rexona), uma pitada de suor e, como não poderia faltar, goma de mascar de menta para disfarçar o hálito etílico bafo de cachaça.

Carnaval, tudo é festa! Axé, tudo é festa! Rock, tudo é festa! Baladinha do Michel Teló... bem, vocês entenderam!

Um disse que "gostaria de te conhecer" e a resposta foi "primeiro você vai conhecer meus pais", apontando para os tios. Esses fizeram as honras da brincadeira! Não satisfeito, dias depois, teve que ouvir "Desculpa, tenho namorado" e vê-la sair de braços dados com outro cara me disseram que era amigo da família. 

Uma história bem parecida é a da garota que foi seguida por um cara e acabou sendo apresentado aos primos dela! Eram 5, se bem me lembro! Todos morenos, altos, bonitos, sensuais e chapados, mas sempre bem humorados.

Quem não se lembra daquela "Você vem sempre aqui?" e ... "Só de vez em quando..." ?? Ou do "Vamos ao cinema?" mesmo que sem a intenção do fora, como relatado, a resposta foi "Não, obrigada".

Uns chegam ao extremo de implorar "Se você não ficar comigo, vou fazer carinha de Shrek para você" ou "Eu estou apaixonado! Faço qualquer coisa por você!" ou "Você não merece, mas eu gosto de você"...

Por obra divina conseguem o número e ligam! "Claro, pode me adicionar no facebook! Vamos ser amigos!".  "Pedido de amizade rejeitado". Número da agenda bloqueado!

Ela é lésbica!!! Ahhh não... só mudou a aliancinha de mão para dar o fora em um menino que queria que fosse embora!

Bom, era mais engraçado com elas contando! Não sei contar histórias, essa é a verdade! Mas, para esses, ficou a dica. O prazer foi todo seu! 

Copie e cole

Muitos me disseram, mas não quis ouvir ou mesmo compreender os porquês. Sempre sorri para todas. Sempre me alegrei com a presença dos amigos. Nunca soube lidar com despedidas. E, o mais importante de tudo, nunca tive um espelho! 

O espelho me mostraria, seria a justificativa para o que os outros falavam "Você gosta dela! Seus olhos brilham quando toca no seu nome!". A prova! "Ela é só minha amiga! Como uma irmã! Uma pessoa que admiro imensamente!". A ideia!

Há pouco- ou nem tão pouco assim- me descobri. Te descobri! Tentei lidar com tudo sozinho, mas a culpa é toda sua por ter esses olhos semi claros, meigos e doces, um sorriso que eu nunca vi, uma gargalhada de jogar a cabeça para trás: de se jogar, pensamentos sensatos, trejeitos interessantíssimos, manias... você. 

Protelei até não poder mais, mas resolvi te dizer. Não por acreditar ter esperanças, mas para tentar esquecer, lembre-se: jamais fugir, esse sentimento. Te amo, sempre, primeiramente, como amigo e é esse o sentimento que quero nutrir.

Era tudo tão perfeito! Uma amizade entre pessoas de sexos opostos que dava espero que ainda seja tempo para eu dizer "que dá" muito certo. Bastava um olhar e você sabia o que sentia. Bastava um sorriso e você perguntava por quê estava triste. Sim, ainda quero ser seu amigo...

Como diria um poeta desconhecido "Grande virtude é a amizade, que nos seduz como a flor... Mostra a Deus a bondade e nos conduz ao amor". Sem querer te assustar, mas já assustando: foi o que aconteceu. Hoje abro meu coração para te dizer que estou apaixonado. 

Acalme-se! É passageiro! Já pesquisei! Meu corpo não suportaria essa descarga hormonal por mais de 2 anos! Até lá devo controlar minha pressão- as palpitações são tenebrosas. Devo oxigenar menos meu cérebro- mesmo que isso de pouco adiante, ao seu lado ele continua sem funcionar. Ainda não aprendi a controlar o tremor- pareço um liquidificador, às vezes. Essas sensações que a endorfina e a dopamina me trazem, me traem... Quero um pouco de serotonina!

São tantas borboletas no meu estômago... Tantas as vezes que me pego caminhando na rua, sorrindo e pensando em você... Mas não! Devo compreender e aceitar que nada disso é real! São artifícios criados pelo meu organismo. É um vício e, como tantos outros, vai passar! Eu juro!

Só tenha paciência comigo! Eu peço. Não são todos os dias que consigo me controlar. Meus pensamentos me traem e atraem. Minha vontade, as vezes, me domina. Sei que posso contar contigo para o que der e vier, mais uma vez, anjo meu, peço para estar ao meu lado, porém sem estar.

Com amor: Eu

Querido diário (Crônicas redundantes do dia-a-dia II)

Querido diário,

Nos conhecemos há tanto e hoje tomei consciência de que estou ficando velha para conversarmos. Enfim, apenas tomei consciência, porque continuarei a relatar-te sempre que puder.

A semana que se passou foi deveras estranha- não que minhas semanas sejam normais, mas. 

Vou te poupar dos maiores detalhes cronológicos.

Sem mais delongas! Foi assim...

Ia eu para a faculdade de ônibus, ás 6 da manhã, sentada nos bancos lá do fundo- já reparou, querido, sempre que te escrevo lembro-me do que aconteceu dentro do coletivo, onde estava sentada, ou o que gostaria que acontecesse?- e uma moça de uns 28 anos sentou ao meu lado direito. Bom, do meu lado esquerdo sentou- se uma enfermeira (julgo assim por ela estar vestida toda de branco e ser pouquíssimo provável ser médica... Bom, poderia ser esteticista, mas fiquemos com enfermeira). Á nossa frente havia um homem com cabelo black power e, em pé no corredor, mas lááá na frente uma moça conversando no celular.

Foi quando comecei a reparar essas pessoas: a Srta 28 (assim a apelidei) passava maquiagem, parecia que ia a uma festa. De verdade, diário, estava exagerado! Sombra azul marinho e batom vermelho durante o dia? Presumi que fosse secretária: tanto pelas vestimentas quanto pela maquiagem "caprichada". O Srto Black Power era bonito, muito estiloso, não tinha aliança e fazia designer, pois lia um livro sobre. Foi o que deu para concluir. Agora, as outras duas moças eram interessantíssimas: a Srta Celular conversava com a mãe, feliz da vida, porque não havia, mais uma vez, passado no exame de legislação: era a quinta tentativa dela! A Sra Enfermeira, ahhhh a Sra Enfermeira, que pessoa! Daria uma unha do mindinho do pé para saber o que estava pensando! Se daria! A Sra. balançava a cabeça fazendo sinais de "sim" ou de "não" de acordo com seu pensamento! Isso quando, com maestria, indicava estar na dúvida. Ela se contrariava, afirmava, revoltava... Que atriz esplêndida não daria!!!

Outro dia sentei ao lado de uma moça que... Bem, a culpa não foi dela, mas da curva! Ela dormiu e caiu encima de mim (eu estava do lado do corredor). Quase fomos as duas para o chão! kkkk` Foi engraçado: livros de direito para um lado e de engenharia para o outro. E, então, me contou que estava indo para a aula, porém se atrasara... blá blá blá

Mas o dia mais legal, mais legal, mais legal MESMO foi o dia dos hippies, querido! Ninguém quis acreditar em mim, mas eu sei que você, meu fiel escudeiro, irá!

Estava na Praça 7, aqui em BH, observando os hippies e pensando "caramba, se eles tomassem banho seriam bonitos! Aquele de olhos verdes...". Ouvia as conversas e uma delas falava sobre "maconha chinesa", não sei o que é isso e ainda não tive tempo de pesquisar. Mandei sms para todos, mas acharam que EU estava a usar "maconha chinesa". Tive que explicar que não tomara suco de laranja, fumara, bebera ou cheirara. Porém, um grupo deles me chamou a atenção: o hippie dos olhos verdes, o da touca de Bob Marley, o moreno e o das tatoos. Por fim, concluí que quero um dread de lã. Vou ficar bem?

Neste mesmo dia entrei no ônibus onibos e uma mulher reclamava desesperadamente! Reclamava como se tivesse sido roubada! Como se a vida pós uma progressiva não valesse a pena. Acredite se quiser! Ela reclamava porque havia ido a um salão, de acordo com ela, pela primeira vez na vida e o cabeleireiro tinha acabado com o seu cabelo, porque ele ficou liso, cortou muito, ela o odiava, nunca mais iria a um salão na vida, que a mãe quem fazia tudo no cabelo nela desde sempre blá, blá blá ... Poupe-me.

Resolvi olhar pela janela. Sabe quem vi, em um ponto da cidade totalmente diferente do primeiro, no mesmo dia? Os hippies da praça 7. É o destino nos aproximando! kkkk'Ah, como você é engraçado!

Escrevi muito hoje?! Espero que tenha cinco minutos para mim! =)

Até outro dia, querido diário.

Casal...

de amigos.

Foi em um dia à noite, não recordo-me qual, em que os dois combinaram de sair.

"Bela noite chuvosa", ela diria.

Não sei por qual carga d'água, ela esqueceu-se de contar este e outros por menores da história foram ao Carrefour- aquele de Contagem, na BR, sabe?- comprar... Bom, também não sei! A questão é que foram e estavam muito felizes brincando e ando e ando na lanchonete. 

Horário: 20:30! Alguém avisou-lhes que o último ônibus partiria dali a cinco minutos.

Como o cenário muda quando se calça um salto doze! Correria até o ponto. Ele sempre andando de costas, à frente dela e segurando suas mãos para que não caísse. Tropeço: desculpa para um abraço e risadas. A fina chuva não os incomodava, ou a lama, ou as poças d'água.

Chegaram no ponto. Só eles entendiam o motivo de tantos abraços e gargalhadas.

Esperavam por um ônibus verde que fosse até a Estação Diamante. Referência.

Subiram no coletivo. Ela primeiro, como bom cavalheiro que ele é.

Sentaram-se nos primeiros bancos pós porta central do coletivo.

Ela aninhou-se nos braços do amigo e ele a abraçou. "Aconchegante", mais uma vez ela diria.

O tempo corria, mas queriam que parasse.

Foi quando um garotinho, daqueles bem pentelhinhos, parou em pé, no corredor, ao lado dos dois. 

O amigo, que sentava à janela, perguntou ao garoto- curiosamente os olhando- : "Gostou da minha bermuda?". A garota, que até então não atinara para a roupa dele, estupefou-se ao processar tênis, blusa de frio e calça jeans, não bermuda: sorriu. Mas a criança, talvez sem entender ou perceber, de prontidão disse: "Sim". Então o outro perguntou "Gostou dos sapatos dela?". Ela repassou toda sua vestimenta: salto, calça jeans e blusa 3/4, de malha, marrom e com detalhes na gola. A criança: "Sim".

O casal de amigos trocou olhares cúmplices. Mais uma vez ele a surpreendeu perguntando ao moleque: "Quer que eu a beije?".

Choque...

Suor...

Calafrio...

Palpitação...

Adrenalina...

Ansiedade nos olhos...

Ele queria beijá-la? Ela queria beijá-lo! E o acontecimento dependia de um desconhecido que disse... "Sim".

Olhar...Sorrisos...Satisfação...Beijo!

(Fim da primeira parte =])

"Sonho é uma coisa que guardo dentro do meu travesseiro..."

Mas que os tiro de lá quando a oportunidade surge!

Meus sonhos? Torno-os realidade. Seria discriminação citar um ou outro que corroboraram para este tornar-se. 

Vamos a história de hoje!

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Como diria a sábia- vã filosofia popular: "Tudo na vida tem sua hora". Muitos disseram para a garota desistir, mas ela seguiu fiel àquilo. 

2 anos.

5 tentativas.

1 trupe.

1 sonho.

Várias pessoas.

Em uma noite, pela qual a menina não daria nada, um link surge em sua janela de MSN com a simples pergunta: "Você conhece?". Não, ela não conhecia. Mas por curiosidade, ou respeito ao gosto alheio, assistiu a todo o vídeo: Encantou-se! Era mágico! Era O Teatro Mágico.

Ouvia as músicas. As interpretava. Procurava por notícias. Procurava pela agenda de shows. Procurava por letras. Em dois dias "aquilo" não saia mais de sua mente: "Só enquanto eu respirar, vou me lembrar de você. Só enquanto eu respirar". Estava apaixonada!

Passado algum tempo: uma viagem- para não tão longe quanto Pasárgada, mas tão perto quanto Florestal e Pará de Minas. Passado um dia: a descoberta- a atração estivera a trinta minutos. Primeira tentativa não tão tentada, mas com sentimento de frustração por não tentar.

Mais algum tempo... Uma mensagem no celular: calourada em uma universidade Federal! Ela faz faculdade: prova. Ela mora em outra cidade: viagem. Segunda tentativa: "emparelhamento de contingentes".

Aguardando, "seguindo a vida mais leve para que não causasse mais dor". "Vivendo à maneira dela"... Perdeu a estribeira quando soube de Catas Altas. Uma hora de sua casa. Entrada franca. Van ida e volta. Tudo combinado. Aguardando um telefonema. Por motivo que Deus sabe, ela resolve colocar o celular no silencioso. Moral da terceira tentativa: incompetência.

O espetáculo tem de continuar! Tudo muda! A cidade muda, a faculdade muda, os cursos mudam... "Na verdade, nada muda".

A nossa garota é sortuda! Mais 'pidona' do que sortuda, na verdade. Ganhou os tão queridos e amados ingressos para ver sua querida e amada trupe. Quem a levou? Procurou por quase todos, menos uma pessoa. Existe uma caixa, dentro de um armário, dentro do quarto, dentro da casa dela onde ficam dois ingressos para uma apresentação. Ninguém encontrou a documentação do carro, ninguém pôde levá-la, ninguém pôde ir com ela... Mais uma vez o "emparelhamento de contingentes" toma forma. Quarta tentativa.

Dinheiro na mão! "Disse o mais tolo: felicidade não existe". Existiu- até a hora em que chegou para comprar os ingressos e foi avisada de que compraria apenas o dela. Como ir? Com quem ir? Sozinha? Triste! Menos uma vez. Quinta e última tentativa.

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Com muita "paz e ciência" aguardou. 

Dia 25/03/2012

20:00 hr

Palácio das Artes- BH

Não enquadra-se a citação, mas "e que se dane o mundo! E que se dane TUDO"... Ela iria. E foi! 

Você acha que foi fácil assim? Nããão! Houve SIM alguns percalços. Que não valem a MÍNIMA perto do quão bonito, especial e concretizado foi esse sonho. 

Quem foi com ela? Bom, lembrado da quarta tentativa? Da única pessoa a quem não recorreu? Pois é...

Que fiquem a dica (JA-MAIS desista de um sonho, mesmo que  lhe pareça impossível, mesmo que eu esteja sendo clichê) e as lições (recorra a vida, a quem VOCÊ presa)!

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Sabendo que estou sendo cansativa: Obrigada!

Poucos, os que devem, sabem a grandeza disso para mim!

Como a Camarada d'água que vos fala sempre diz: "Fã é fã".

Crônica de um universitário (o início)

Foi com otimismo que ele recebeu a notícia tão esperada: Passara no vestibular!

Lá foi-se o garoto com toda sua documentação, numa alegria contagiante, fazer matrícula.

Quanta coisa! Xerox e originais... Fotos... Histórico... Trabalheira! "Mas valerá a pena", assim ele pensava.

Angustiantes férias!

Começo das aulas. "Primeiro dia": trote!

Voltou sujo de: farinha de trigo, farinha de rosca, farinha de mandioca, farinha do escambau, café forte, café fraco e café tradicional, tinta azul, tinta rosa, tinta roxa, tinta amarela e tinta verde, ovo, ovo podre, ovo frito, ovo cozido e ovo mexido, óleo de girassol, óleo de soja, óleo vegetal e banha animal, iogurte light, iogurte diet, iogurte de morango, iogurte de chocolate e iogurte azedo, leite integral, leite semi-desnatado, leite desnatado e leite coalhado, água, terra e tudo o que há de ruim. Para ele: bom.

Segundo dia: Apresentação da faculdade, "somos todos coleguinhas", professores...

Terceiro dia: Não tem professor.

Quarto dia: ...

Um mês depois: Primeira prova.

Uma semana pós primeira prova: "Onde estou? Quem sou eu? O que faço nessa m$#@* de lugar?".

Durante a noite: gritos, diálogos e monólogos... dormindo, sonha. Sonhando, fala. Falando, grava, . Gravando, estuda.

Passado primeiro período, primeira respiração da vida pós nascimento.

E assim ele segue: no esquema de estudo de jogador de futebol, rezando para Nossa Senhora do Final do Período e adotando o pseudônimo de "ele" quando escreve em seu blog.



Nem toda semelhança pode ser coincidência e nem toda coincidência pode ser semelhança! Logo...

Difícil não é a tristeza formar uma lágrima...

Para me afastar de pouco você precisará.
Não precisa criar planos ou tramoias.
Não precisa palavras bonitas ou pinoias.
Só o mais simples fará.


Para você me afastar precisaria pedir.
Olhar me nos olhos sem tentar discutir.
Mais simples será quando quiser partir.
Pois não serei eu a te impedir.


Para eu me afastar é só fazer o mesmo.
Prometo que não deixarei minha mente vagar a esmo.
No fundo talvez, quem sabe, quisesse uma mente nua. 
Mas que fique claro: sou coadjuvante numa decisão sua.


Me magoar nunca foi preciso.
Fiz questão de insistir neste conto.
Mas parece que você sempre esteve indeciso.
Digo "Eu te amo", "Adeus" e ponto.


Rimas baratas, eu admito.
Muitos verbos para musicalidade.
Poucas palavras para o assunto.
Forçada literatura chula. 


A B B A
A A A A
A A B B 
A B A B
A B C D


Poucos compreenderão essa mensagem...
Desde que um deles saiba me dar a passagem...
Para fora de onde nunca estive...
Uma amizade pela qual não me contive!


...Difícil é o amor não deixá-la cair!

The garden

Sentada neste banco, em frente à minha casa, exalto o mais belo dos jardins. Nunca o tinha reparado dessa maneira, até que depois de um amanhecer sereno- diria angelical se não soubesse que ele foi para o inferno-, mudo minha visão do mundo, melhor: de mim!

Daqui admiro rosas vermelhas, crisântemos brancos, orquídeas azuis, árvores de hibisco amarelo e rosa, gramíneas verdes que me enchem os olhos de prazer e tranquilidade depois de anos lutando contra vícios e traições daquele que um dia, bem distante, amei. Esse amor era como aquele jardim cheio de vida, perfumes maravilhosos, cores das mais diversas e florido.

Anos e anos perdidos. Quem cuidou daquele jardim? Eu! E com um único propósito: poder admirá-lo em sua magnitude no meu momento de paz, no mais belo dos crepúsculos na esperança do amanhecer de uma nova vida. 

Amanhã reviverei.

Para bom entendedor as entrelinhas bastam.
(Texto criado 21/08/2009 com um propósito diferente do de hoje até porque o propósito hoje é simplesmente publicá-lo. )