Copie e cole (2)

Passaram-se alguns anos e, por mais que eu queira, não consigo me desvincular da sua pessoa. Hoje não é paixão, é amor e tenho dito. Como sei? Porque te quero bem, independente da pessoa que estiver ao seu lado. Se anseio por beijos? Não! Apenas por abraços. Muitos e muitos abraços que denotem carinho, amizade, sinceridade e, acima de tudo, saudade.

Vejo imagens, fotos, bilhetes, e-mails, recados, mensagens, conversas... Escuto músicas... Assisto programas de TV, filmes, séries... Leio livros e anedotas... Porém em tudo, absolutamente tudo, há um Q de você. Alguns desses momentos ouso compartilhar contigo, não na tentativa de fazer sentir-se culpado por algo, mas querido por alguém.

Não sei como andam seus trejeitos, suas manias, sua gargalhada de jogar a cabeça pra trás e se jogar, seu modo de andar, seu jeito de falar. Há quase anos não escuto sua voz ou vejo meu reflexo em seus olhos. Há quase anos...

Acredito eu ter problema de vírgula. Sim, um problema funcional e real. Não consigo escrever um texto com poucas vírgulas, tampouco colocar um ponto final onde deveria. 

Com carinho,

Eu

Cargas d'água

O celular cai no chão desmontando tampinha de trás, saindo a bateria e riscando a tela: tudo bem!
O computador descarrega, não encontro o carregador, a poeira acumula: tudo bem! Porque num mundo virtual não dá para viver!

Gostei! Gostei muito do celular ter caído, pois era vontade jogá-lo na parece. Sinto-me um tanto quanto realizada. Sobre o computador: como é mesmo que liga? 

Que diferença faz? Continuaria em meu quarto, na sala ou em qualquer lugar acompanhada de 'desacompanhantes'. Pessoas que não conheço, mas que finjo ou pareço conhecer. Quem me conhece?

Futilidade, inutilidade... Descartabilidade! Assim é o mundo dos 'desacompanhantes'. 

Por qual motivo? Você não me conhece! E do pouco que ouviu falar, não era eu, era a opinião de outrem. 

Assim, desligo-te, desligo-lhes, desligo-nos.